* PAZ, HARMONIA e AMOR *

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Aprender a ser


Quando retiramos da nossa vida o trabalho, a família, os amigos, os bens materiais, o que eu queria ser e não fui, e o que eu ainda quero ser e luto por isso… Quando retiramos todos estes focos da nossa vida, o que é que fica?

Se hoje deixasses de te preocupar em cuidar dos outros, sejam eles parentes, amigos ou superiores hierárquicos, para onde iria a tua consciência? Para onde iria a tua convicção? Se hoje não tivesses absolutamente nada que te preocupasse, nem dinheiro, nem metas ou objectivos, o que restaria?

Restaria a tua luz interior. Restaria a tua essência, a tua vibração profunda. Essa vibração do teu Eu seria mais forte ou mais fraca consoante as vezes em que te tivesses despojado de tudo e das vezes em que já tivesses lá ido. A força dessa vibração iria depender do número de coisas com as quais te dispersas e da quantidade de coisas que – às vezes sem importância nenhuma – arranjas para fazer.

Essa vibração está à tua espera para salvar a tua vida e levar-te ao teu propósito. Essa vibração tem de ser acarinhada, alimentada e instruída para que brilhe de forma sistemática e inequívoca, de modo a dar consistência a esta encarnação. Tudo o que possas fazer, que não seja dar luz à tua luz, não procede e não resulta.

Primeiro que tudo, primeiro que os outros, primeiro que tudo o que tens a fazer, primeiro até que a tua sobrevivência, está a tua luz. Estás tu. Depois tudo virá, de uma maneira abrangente e apaixonante, sob o signo da abundância. Aprende a fazer brilhar a tua luz. Aprende isso, e serás iniciado.

Alexandra Solnado

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Dias de solidão


Tem dias em que a gente se sente como quem partiu ou morreu. Quando o poeta da música popular escreveu esses versos, explicitava na canção o sentimento que muitas vezes se apodera de nossa alma.
São aqueles dias onde a alma se perde na própria solidão, encontrando o eco do vazio que ressoa intenso em sua intimidade.
São esses dias em que a alma parece querer fazer um recesso das coisas da vida, das preocupações, responsabilidades e compromissos, para simplesmente ficar vazia.
Não há quem não tenha esses dias de escuridão dentro de si. Fruto algumas vezes de experiências emocionais frustrantes, onde a amargura e o dissabor nos relacionamentos substituem as alegrias de bem-aventuranças anteriores.
Outras vezes são os problemas econômicos ou as circunstâncias sociais que nos provocam dissabores e colocam sombras na alma.
A incompreensão no seio familiar, a inveja no círculo de amizades, a competição e rivalidade desmedida entre companheiros de trabalho provocam distonias de grande porte em algumas pessoas.
Nada mais natural esses dissabores. Jesus, sabiamente, nos advertiu dizendo que no mundo só encontraríamos aflições.
Tendo em vista a condição moral de nosso planeta, as aflições e dificuldades são questões naturais e, ainda necessárias para a experiência evolutiva de cada um de nós.
Dessa forma, é ilusório imaginarmos que estaríamos isentos desses embates ou acreditarmo-nos inatacáveis pela perversidade, despeito ou inferioridade alheia.
Assim, nesses momentos faz-se necessário enfrentar a realidade, sem deixar-se levar pelo desânimo ou infelicidade.
Se são dias difíceis os que estejamos passando, que sejam retos nosso proceder e nossas ações. Permanecer fiel aos compromissos e aos valores nobres é nosso dever perante a vida.
Os embates que surjam não devem ser justificativas para o desânimo, a queixa e o abandono da correta conduta ou ainda, o atalho para dias de depressão e infelicidade.
Aquele que não consegue vencer a noite escura da alma, dificilmente conseguirá saudar a madrugada de luz que chega após a sombra, que parece momentaneamente vencedora.
Somente ao insistirmos, ao enfrentarmos, ao nos propormos a bem agir frente a esses momentos, teremos as recompensas conferidas àquele que se propõe enfrentar-se para crescer.
* * *
Se os dias que lhe surgem são desafiadores, lembre-se de que mesmo Jesus enfrentou a noite escura da alma, em alguns momentos, porém, sempre em perfeita identificação com Deus, a fim de espalhar a claridade sublime do Seu amor entre aqueles que não O entendiam.

Divaldo Pereira Franco

domingo, 6 de junho de 2010

Vem Luz, vem...


Vem Luz,
vem até mim
me ajuda
no resto do caminho;
por aqui andei,
muitas pedras desviei
e servem-me de apoio
nas reflexões da Vida,
da minha Vida!

Olho vagamente
para a natureza
sem fim...
me perco neste horizonte
e recordo de tudo
num desfile de imagens
umas a preto e branco,
outras
com cores bonitas!

Saudades do que vivi
e vontade do que gostaria de viver,
mas a Vida é mesmo assim...

Vem Luz,
vem até mim
já falta tão pouco
para o resto do caminho...

Páro e penso:
Seria este?

José Manuel Brazão